quarta-feira, 11 de junho de 2008

Capítulo VI - Vida Dupla


Boris VS Manobras na Casa Branca
“O meu nome é George Gorton... estou a ligar de "Moscovo. A razão do meu telefonema é que eu posso desaparecer ou ser morto hoje. Neste caso, quero que a polícia saiba o que se passou..."

Três consultores de marketing, americanos, e no desemprego, são contratados para viajar até Moscovo. Até aqui nada de anormal. Mas o filme é uma verdadeira obra-prima. Um guia para quem quer aprender a manipular e uma forma de apreciarmos como se vendem políticos da mesma forma que uma “barra de sabão”. Aqui podemos constatar várias matérias (ou quase todas) que temos vindo a tratar nas aulas: focus group; sondagens, manipulação. Há princípios, uma palestra de venda, e um sistema chamado “Jogo de Eleição” (para simular essa eleição). Há que (re) embalar o presidente como uma “barra de sabão”. É necessário ganhar a todo o custo, fazer campanha negativa (Os pelotões da verdade), usar o truque reles “sorrir”, os bites sonoros de 5 segundos e nunca esquecer que nem tudo neste ramo é verdade.

Excertos a reter:
· “A voz do candidato”
· “Nada de nomes”
· “Sorrir é fundamental (o papá não sorri) – Comportamento é fundamental”
· “Nunca mentimos a quem nos paga”
· “Vamos aldrabar em Russo”

A reter que tanto no filme MANOBRAS NA CASA BRANCA como no BORIS, o presidente nunca aparece. Não é preciso, é instrumental. Basta a actuação do Spin Doctor (sempre associado à resolução de problemas e gestão de crise). Têm duas (de muitas) características: actuam nos bastidores e são discretos. Há que ter confiança no protagonista. As manobras de bastidores surgem para resolver uma crise ou para antecipar eventuais problemas. Em Manobras da Casa Branca fala-se de guerra para camuflar o escândalo sexual. Se tudo correr bem ninguém descobre nada. Se não correr... poderá acontecer o mesmo que a Karl Rove, o “Bush’s Brain” de que vou falar na conclusão do meu trabalho.

Uma curiosidade - Someone Still Loves You Boris Yeltsin - “Pangea”

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